Isadora Duncan foi a mais famosa, mas não houve nada igual ao que a americana Loïe Fuller fez no palco. Ela foi a criadora de uma técnica que misturava dança, performance com movimentos de tecido e iluminação de palco, revolucionando o próprio conceito de dança. O “serpentine dance”, como foi chamado, pode ser tomado como fonte inspiradora até para a ginástica rítmica, embora tenha sofrido certo estranhamento quando a dançarina e coreógrafa se apresentava.
Entre seus conterrâneos conservadores, Loïe foi levada pouco a sério, como uma artista circense, mostrando um show de variedades, não dança, mas ao se mudar para Paris teve uma acolhida calorosa e sua arte foi devidamente valorizada (acabou ficando por lá até sua morte, em 1928. Sua dança consistia em uma elaborada roupa costurada muio pano (seda), esvoaçante, com o qual rodopiava criando movimentos hipnóticos enriquecidos por um jogo colorido de iluminação de palco. Era um espetáculo visual único, misturando movimentos de todo o corpo confundidos com a dança dos panos que mudavam de cor.
Em 1896 os irmãos Lumière, pioneiros do cinema (que eram fascinados por registrar apresentações cênicas), gravaram o vídeo abaixo, que foi colorido à mão posteriormente, com a apresentação de uma dançarina aprendiz de Loïe Fuller ( não há registro filmado da verdadeira Loïe Fuller dançando, apenas coreografias suas interpretadas por discípulas).
fonte: Semema